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Sábado, 14 Junho, 2025

No Amor E Na Saúde: Quais Vacinas Tomar Para Garantir A Saúde Entre O Casais?

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Em muitas culturas, o Dia dos Namorados é tradicionalmente marcado por flores e declarações de amor. Mas, neste ano, especialistas em saúde pública propõem um gesto diferente e igualmente significativo: aproveitar a data para cuidar da saúde do casal, começando pela atualização da vacinação.

“A melhor forma de demonstrar cuidado é garantir que ambos estejam protegidos contra doenças evitáveis”, afirma Rosana Richtmann, infectologista e consultora de vacinas da Dasa. Ela ressalta que a imunização é uma forma concreta de proteger quem se ama — especialmente contra infecções que podem ser transmitidas em relações íntimas.

HPV: alta incidência e riscos a longo prazo

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no Brasil e no mundo. Estima-se que 10 milhões de pessoas estejam infectadas no país, com cerca de 700 mil novos casos por ano. O vírus pode causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer — como de colo do útero, ânus, pênis e orofaringe.

“A vacina contra o HPV é segura, eficaz e indicada para homens e mulheres de 9 a 45 anos. É uma medida essencial de prevenção que protege os dois parceiros”, explica Richtmann.

Hepatites virais: ameaça silenciosa e global

As hepatites A e B também devem estar no radar dos casais. A hepatite B é transmitida por contato com sangue ou fluidos corporais e pode evoluir para doenças hepáticas graves. Já a hepatite A, embora menos comum na transmissão sexual, também representa risco em determinadas práticas.

De acordo com o Global Hepatitis Report 2024, da Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais são a segunda maior causa infecciosa de mortes no mundo, empatadas com a tuberculose. São 1,3 milhão de mortes por ano, apesar da existência de vacinas eficazes e tratamento disponível.

Vacinas para prevenção

  • HPV (Papilomavírus Humano):
  • Proteção: contra tipos de vírus associados a cânceres de colo do útero, pênis, ânus, vulva, orofaringe e verrugas genitais.
  • Indicação: recomendável antes do início da vida sexual, mas também disponível para adolescentes e adultos em situações específicas. No Brasil, indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de adultos de até 45 anos.
  • Tipos: bivalente (tipos 16 e 18) e quadrivalente (tipos 6, 11, 16, e 18).
  • Hepatite B:
  • Transmissão: Por contato com sangue e fluidos corporais, incluindo relações sexuais.
  • Calendário: parte do calendário infantil, mas adultos não vacinados devem receber as três doses.
  • Proteção adicional: indiretamente protege contra a hepatite Delta.
  • Hepatite A:
  • Transmissão: embora menos comum, pode ocorrer em práticas de sexo oral-anal.
  • Recomendação: disponível em alguns calendários vacinais e recomendada para grupos de risco.

Para Richtmann, é urgente que mais pessoas compreendam a importância da prevenção. “A vacina é uma medida simples, acessível e salva vidas. Atualizar o calendário vacinal é um passo concreto que pode ser dado agora.”

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2025/marco/vacina-e-a-medida-mais-eficaz-de-prevencao-contra-o-hpv

https://bvsms.saude.gov.br/oms-soa-alarme-sobre-infeccoes-virais-por-hepatite-que-ceifam-3-500-vidas-por-dia/

 

 

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